quarta-feira, 1 de maio de 2013

Oscar.

‘Argo’ ganha Oscar de melhor filme

Chileno Claudio Miranda ficou com a estatueta de melhor fotografia com ‘A Vida de Pi’.

Por Daniel Thurston para Infosurhoy.com – 25/02/2013


       O chileno Claudio Miranda ganhou o Oscar de melhor fotografia com “A Vida de Pi” no 85º Prêmio da Academia em Hollywood, no estado americano da Califórnia, em 24 de fevereiro. (Robyn Beck/AFP)
O chileno Claudio Miranda ganhou o Oscar de melhor fotografia com “A Vida de Pi” no 85º Prêmio da Academia em Hollywood, no estado americano da Califórnia, em 24 de fevereiro. (Robyn Beck/AFP)

HOLLYWOOD, EUA – Ao contar o drama dos reféns do Irã, “Argo”, de Ben Affleck, conquistou o Oscar de melhor filme em 24 de fevereiro, enquanto Daniel Day-Lewis marcou o recorde de três prêmios de melhor ator no 85º Prêmio da Academia, a grande noite de Hollywood.
O chileno Claudio Miranda ficou com o Oscar de melhor fotografia com “A Vida de Pi”.
O taiwanês Ang Lee foi o melhor diretor com a fantasia em 3D “A Vida de Pi”, enquanto Jennifer Lawrence foi eleita a melhor atriz por seu desempenho em “O Lado Bom da Vida”.
Mas o veterano cineasta Steven Spielberg, cujo drama presidencial obteve a maioria das indicações (12), saiu do maior prêmio de Hollywood com apenas duas estatuetas: melhor ator e melhor design de produção.
Ao todo, “A Vida de Pi” foi o maior vencedor da noite com quatro Oscars, seguido de “Argo”, com três, “Os Miseráveis”, “Django Livre” e “Lincoln”, com dois cada, e “A Hora Mais Escura”, com um.
Em um programa que contou com diversas apresentações musicais, Adele cantou o tema vencedor do Oscar de “007 - Operação Skyfall”, enquanto Shirley Bassey cantou “Goldfinger” em homenagem aos 50 anos dos filmes do agente secreto James Bond. Já Barbra Streisand interpretou “The Way We Were”, sua primeira apresentação no Oscar em 36 anos.
Em uma apresentação inesperada, o vencedor do melhor filme foi anunciado pela primeira-dama americana Michelle Obama em um vídeo diretamente da Casa Branca, depois de ser apresentada pela lenda Jack Nicholson.


       O diretor Ben Affleck recebe o Oscar de melhor filme por “Argo” no 85º Prêmio da Academia, em Hollywood, Califórnia, em 24 de fevereiro. (Robyn Beck/AFP)
O diretor Ben Affleck recebe o Oscar de melhor filme por “Argo” no 85º Prêmio da Academia, em Hollywood, Califórnia, em 24 de fevereiro. (Robyn Beck/AFP)

Affleck, cujo filme recebeu praticamente todos os principais prêmios na temporada de premiação de Hollywood nos últimos dois meses, homenageou Spielberg em seu discurso de recebimento.
“Steven Spielberg, tenho que admitir, é um gênio e grande talento entre nós”, declarou Affleck, que não foi indicado como melhor diretor ou ator no Oscar, em um desprezo percebido.
Afleck agradeceu ao ex-agente da CIA Tony Mendez, que ele interpretou no filme, comandando uma missão ousada para resgatar seis diplomatas americanos refugiados na embaixada canadense em Teerã na crise dos reféns de 1979.
“A Vida de Pi”, um filme sobre um garoto que naufragou de um navio no Pacífico com a companhia de um tigre de bengala, foi rodado em grande parte em Taiwan, mas o diretor comandou o elenco cosmopolita do filme.
“Noventa por cento do filme foi rodado em Taiwan. Eles nos ajudaram financeira e fisicamente. Mas era um filme internacional. Acho que esse filme pertence ao mundo”, afirmou Lee.
Minutos após o anúncio, o ministro da Cultura de Taiwan, Lung Ying-tai, enviou a Lee, provavelmente o filho vivo mais famoso da ilha, um telegrama parabenizando-o: “Estamos muito orgulhosos de você”.
Jennifer Lawrence, estrela da franquia “Jogos Vorazes”, foi aplaudida de pé ao subir no palco, depois de tropeçar na escada.
A moça desbancou as concorrentes ao prêmio, entre elas a atriz mais jovem indicada ao Oscar, Quvenzhane Wallis, 9 anos, e a mais velha, a francesa Emmanuelle Riva, que comemorou seus 86 anos na data.


       Daniel Day-Lewis ganhou o recorde de terceiro Oscar de melhor ator no 85º Prêmio da Academia, a grande noite de Hollywood. (Robyn Beck/AFP)
Daniel Day-Lewis ganhou o recorde de terceiro Oscar de melhor ator no 85º Prêmio da Academia, a grande noite de Hollywood. (Robyn Beck/AFP)

Day-Lewis, que era o favorito à premiação, parecia tentar conter as lágrimas ao subir ao palco como o primeiro homem a vencer três Oscars de melhor ator – os outros dois foram com os filmes “Meu Pé Esquerdo”, em 1990, e “Sangue Negro”, em 2007. O ator é famoso por sua preparação meticulosa para os papéis, normalmente passando meses representando os personagens mesmo antes do início das gravações.
Perguntado qual o próximo papel que ele gostaria de interpretar, Day-Lewis disse: “Não penso em nenhum agora, porque vou ter que descansar por alguns anos. Não, não penso em nenhum. Realmente não sei”.
“Amor”, do diretor austríaco Michael Haneke, vencedor da Palma de Ouro de Cannes, com Emmanuelle Riva interpretando uma idosa que vive sob os cuidados do marido, venceu o prêmio de melhor filme estrangeiro, desbancando o chileno “No”.
No entanto, “Inocente”, a história de uma adolescente sem teto de San Diego – interpretada pela mexicana Inocente Izucar – cuja vida foi transformada pela arte, venceu o Oscar de melhor documentário em curta-metragem.
O melhor ator coadjuvante foi o austríaco Christoph Waltz, que interpretou um dentista que virou caçador de recompensas no sangrento filme de Quentin Tarantino “Django Livre”. Tarantino ganho o prêmio de melhor roteiro original.
Ann Hathaway ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante – e cantou o tema de “Os Miseráveis” com os colegas de elenco. O elenco de “Chicago” também se reuniu cantando pelo 10º aniversário de seu Oscar de melhor filme.
O prêmio de melhor animação ficou com “Valente”, que derrotou a aventura “Detona Ralph”, que corria por fora.
Affleck foi o primeiro diretor a vencer o Oscar de melhor filme sem ter sido indicado ao prêmio de melhor diretor desde “Conduzindo Miss Daisy”, em 1990.
Daniel Thurston escreve para a Agence France-Presse.

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